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Integração Ensino e Serviço em Manaus
Desde agosto de 2018, as quatro Maternidades de Manaus integrantes do Projeto ApiceON – Maternidade Municipal Dr. Moura Tapajoz, Maternidade Balbina Mestrinho, Maternidade Ana Braga e Maternidade Dona Lindu – e as Instituições de Ensino Superior (IES) do município – Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Universidade Nilton Lins, FAMETRO, UNINORTE, Universidade Estácio de Sá, Universidade Paulista (UNIP), UNINASSAU e UNIMATERDEI – iniciaram uma articulação para comunicação em conjunto com a participação de representantes das IES de Manaus, representantes do Grupo Estratégico Local (Gel) de cada hospital e mediador ApiceON.
O processo de implementação desse grupo ocorreu no final de 2018, durante o II Seminário Local em que as universidades apresentaram 04 pesquisas relacionadas com os temas do ApiceON: parto e nascimento, abortamento, assistência ao recém-nascido e Classificação de Robson. Os principais desafios encontrados durante o processo foi a dificuldade das IES se perceberem enquanto partícipes; ausência da representação dos cursos de medicina e da Universidade Estadual; apoio dos representantes da SES – Educação Permanente e do SUS/GEL; adequação do Plano Pedagógico ao contexto das maternidades e das políticas de saúde da mulher e da criança; e inserir os preceptores no processo, para que possam alinhar suas práticas às políticas de saúde da mulher e da criança.
Diante do cenário apresentado foram traçadas as seguintes estratégias: manter as reuniões periódicas com as IES; compartilhar o resultado da pesquisa diagnóstica com as IES; criar evento para compartilhar as produções científicas; manter as pactuações e o uso dos instrumentos elaborados pelas maternidades; e articulação com a Gerencia de Maternidades da Secretaria de Estado da Saúde (SES/AM).
Ao longo de 1 ano de implementação dessas estratégias, foi criado um cronograma de reuniões trimestrais com as IES; realização de sessões clínicas coordenadas pelas IES (programas de residência) denominada Programa de Integração; elaboração de uma Cartilha com Orientações para Acadêmicos e Residentes (Checklist de estágio); execução de uma avaliação diagnóstica; inclusão da apresentação dos indicadores na integração no Programa de Integração; e constituição de um grupo com representantes de Ensino e Pesquisa ou Educação Permanente de todas as unidades de saúde do estado e Instituições de Ensino Superior para elaborar o novo regimento de estágio.
Essa ação de articulação conjunta se mostrou exitosa para a sustentabilidade do Projeto ApiceON na região de Manaus e garantia do cumprimento e execução do Plano Operativo Anual (POA) de cada hospital.
Abaixo segue depoimentos de representante de cada serviço sobre esse movimento.
“A articulação das instituições de Ensino e Serviço é imprescindível, por se tratar de uma relação marcada pelo diálogo e troca de saberes. Assim os acadêmicos, residentes e coordenadores podem conhecer as rotinas das Unidades, os serviços que são oferecidos e ainda interagir com os integrantes da equipe de saúde.” Glenda Amorim da Maternidade Moura Tapajoz.
“Eu acredito que um dos aspectos positivos na experiência com as IES constitui-se na maior proximidade com os preceptores e acadêmicos, que sentem-se mais integrados à instituição, participando de sessões clínicas, palestras e atividades diversas. É um ganho de parte a parte, de modo que se percebe o fortalecimento nas práticas de ensino.Mas eu acho que a melhor parte é que é tudo fato, são ganhos reais. E de minha parte, de verdade, não sentia tanta proximidade quando era Coordenadora de Ensino em XX com alunos e precetores como sinto agora.” Janaína Braga do Instituto da Mulher Dona Lindu.
“O positivo das reuniões trimestrais é que mesmo não sanando todos os problemas, gerou alguma aproximação entre maternidade-IES.” Gabriela Farias da Maternidade Balbina Mestrinho.
“A presença das instituições, assim como dos preceptores. Acho positivo também o alinhamento dos procedimentos, as quatro maternidades falando a mesma coisa.” Claucione Izel da Maternidade Ana Braga.
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