Como parte da agenda de encontros, o Projeto de Aprimoramento e Inovação no Cuidado e Ensino em Obstetrícia e Neonatologia (Apice ON) promoveu, nos dias 10 e 11 de abril a 2ª edição do Seminário Macrorregional Centro Oeste. Cerca de 100 profissionais da saúde, integrantes dos grupos estratégicos locais de 11 hospitais da região estiveram presentes para discutir e apresentar resultados obtidos nos primeiros meses de atuação no projeto.
No primeiro dia de seminário, integraram a mesa de abertura, além da coordenadora-geral do Apice ON, Maria Esther Vilela, representante da Coordenação Geral de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde, Luiza Machado, da Coordenação Geral de Saúde das Mulheres, Mariana Rodrigues, da Coordenação Estadual de Saúde da Mulher, Hilda Guimarães de Freitas, da Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiros Obstetras (Abenfo) do Mato Grosso do Sul, Sonia Solange, da Associação Brasileira de Enfermagem (Aben), Cássia Barbosa, e da Rede pela Humanização do Parto e Nascimento (ReHuNa), Fernanda de Oliveira Leite. O evento contou com a participação de aproximadamente 100 profissionais da saúde de hospitais da região. O encontro também objetiva aproximar as equipes dos hospitais aderidos, possibilitando o reconhecimento de práticas e estabelecimento do panorama da região.
Pedagoga da ReHuNa, Fernanda Leite, vê o projeto como resultado de uma longa caminhada em prol da qualificação do ensino, trazendo com clareza a necessidade de mudança e renovação das práticas de maneira definitiva. Segundo Fernanda, o processo de convergência das equipes e criação de mais canais de diálogo entre as equipes médicas e de enfermagem traz consistência à proposta do Apice ON.
As atividades propostas durante o evento são ferramentas facilitadoras de trocas de experiências. Divididos em grupos, os participantes apontaram os principais avanços e desafios encontrados nos primeiros meses de trabalho no Apice ON, compartilhando com colegas e técnicas do Ministério da Saúde. Protocolos para implantação da classificação de Robson, arranjos de gestão para inserção da enfermagem obstétrica no parto, incentivo à pesquisa, abertura de residência e cursos de formação para inserção de Dispositivo Intra Uterino (DIU) de cobre pós-parto e aborto foram temas alguns dos temas recorrentes nas rodas de conversas. A médica neonatologista do Hospital da Região Leste do Distrito Federal, Cristina Rolim, comentou que a metodologia coopera para reacender algumas discussões que precisavam ser feitas. No hospital, a equipe do centro obstétrico formou um grupo de pesquisa para incentivar a produção acadêmica sobre temas abrangidos pelo Apice ON, além de já ter mudado práticas relativas ao acolhimento do bebê e da família, como a realização do contato pele a pele entre a mãe e o recém-nascido.
Diante da diversidade das experiências apresentadas e após identificação do progresso já feito e das principais dificuldades encontradas, tanto na elaboração do Plano Operativo Anual (POA), quanto na execução das primeiras ações, cada hospital pôde demandar e ofertar aos demais as iniciativas bem sucedidas, cooperando na formação de uma rede de apoio. A diretora geral do Hospital e Maternidade Dona Regina, de Palmas (TO), Débora Petry, frisou a importância de entender as experiências dos colegas e se ver no outro para formar coletivos capazes de descobrir caminhos para chegar onde se quer chegar.
Mediando discussões sobre as experiências apresentadas, a coordenadora do Apice ON, Maria Esther Vilela, destacou os avanços obtidos e reiterou o caráter cooperativo do projeto, reafirmando o apoio das instituições parceiras e da equipe de mediadoras e supervisão do projeto, que, atuando em rede, cooperam na disseminação de técnicas e processos que se provaram exitosos nas mãos de outras equipes. Segundo Esther, a união e o engajamento são ferramentas importantes para a promoção da instâncias de ensino capazes de incorporar as boas práticas na rotina de ginecologia e obstetrícia.
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