Carta do XI COBEON – Congresso Brasileiro de Enfermagem Obstétrica e Neonatal

Em 28 de novembro de 2019 aconteceu no Portal de Boas Práticas um Encontro com a Especialista Kleyde Ventura, Presidente da Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiros Obstetras (ABENFO Nacional), integrante da Coordenação do Projeto ApiceON e Professora da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Durante a transmissão ao vivo Kleyde Ventura apresentou uma carta fruto das atividades ocorridas durante XI Congresso Brasileiro de Enfermagem Obstétrica e Neonatal (COBEON), realizado em Maceió, de 30/10 a 02/11/2019, com a temática “Enfermagem Obstétrica e sua contribuição para a sustentabilidade do SUS: protagonismo social e cuidado qualificado”.

O Encontro com o Especialista é uma webconferência realizada quinzenalmente com especialistas de diversas áreas. Para participar é necessário se inscrever no evento, assim você poderá enviar dúvidas que serão respondidas ao vivo!

Fique atento à agenda de Encontros com o Especialista

 

Carta do XI COBEON

Desafios:

1) No ensino de Graduação e Pós-Graduação nas áreas de atuação da Enfermagem Obstétrica, Ginecológica e Neonatal contextualizados nas Políticas Públicas de Atenção Integral à Saúde da Mulher, Criança e Adolescente, Adulto e Adulto Maior;

2)  Na defesa dos Direitos Humanos, Sexuais e Reprodutivos com enfoque de gênero, humanização e Integralidade;

3) Na Política de Educação Permanente na qualificação do cuidado à mulher, família e sociedade e fortalecimento do processo de trabalho com a equipe de saúde e de enfermagem na promoção da saúde, prevenção de doenças, tratamento e reabilitação;

4) Regulação da Enfermagem obstétrica e obstetrícia brasileiras que têm mostrado a sua colaboração na transformação da forma como as ações de saúde são organizadas e como os cuidados de saúde são oferecidos, se elas estiverem reguladas e apoiadas;

5) Na articulação e integração com os movimentos sociais, de mulheres, de trabalhadoras, com ênfase no recorte étnico e racial devido às fragilidades de saúde e vulnerabilidades socioculturais tencionando o Estado para cumprimento e garantia dos direitos de cidadania e justiça social a fim de evitar a naturalização da violência institucional;

6) No desenvolvimento de estratégias, propostas e planos de trabalho integrados com as entidades de classe, associativas, sindicais e político-parlamentares para avançar na inserção dos profissionais como cidadãos com direitos de quem cuida e de quem é cuidado;

7) No alinhamento de investimentos e coordenação de planos para o desenvolvimento da força de trabalho no: gerenciamento dessa força, na educação, na regulação e na garantia de cenários e ambientes de prática positivos (acolhedor e comprometedor);

8) Na preparação de líderes para: enfrentar os desafios da dinâmica do SUS; assegurar a competência em todos os aspectos do desenvolvimento da profissão; no desenvolvimento de políticas, gerenciamento e geração de evidências científicas; melhorar a qualidade da formação, da educação e prestação de serviços;

9) Monitorar e avaliar papéis, funções, responsabilidades e resultados da força de trabalho da enfermagem obstétrica, obstetrícia e neonatal para promover a educação, a prática e parcerias colaborativas;

10) Desenvolver estratégias e propostas de apoio político no mais alto nível do SUS e na sociedade civil para: alcançar a Cobertura Universal de Saúde e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável; para incorporar serviços de enfermagem obstétrica, obstetrícia e neonatal, centrados na pessoa, na família e na sociedade.

Compromissos:

1) Avançar no crescimento da capacidade da força de trabalho da enfermagem obstétrica e neonatal considerando a gestão, a educação, a regulação, a prática e a pesquisa como questões transversais em suas estratégias de ação de forma a alcançar o fortalecimento e retenção de seu capital humano;

2) A envidar esforços para que suas diretrizes e estratégias de ação sejam orientadas pelos princípios conclamados da saúde global, do desenvolvimento sustentável e do Brasil, das políticas públicas nacionais e propostas governamentais, baseados em direitos humanos, equidade, gênero e no enfoque integral, orientados por parcerias, centrados nas pessoas, nos coletivos e na comunidade.

3) A dinamizar uma agenda global para acompanhar as mudanças demográficas e sócio epidemiológicas nas necessidades da população, nas diferentes formas de assistência, políticas e de serviços na comunidade e no domicílio. Reconhece essas mudanças que ocorrem no mundo e no país focando as políticas sociais e de saúde, estabelecendo programas para o desenvolvimento de líderes de enfermagem na área política.

 

Na segunda parte do Encontro a Especialista Kleyde Ventura respondeu perguntas enviadas pelos usuários do Portal de Boas Práticas durante a transmissão ao vivo.

 

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