No final de abril, a Secretaria Estadual de Saúde de Santa Catarina (SES/SC) realizou o segundo encontro da Comissão Estadual de Apoio ao Parto e Nascimento, uma iniciativa da SES com apoio do Projeto ApiceON. O objetivo da comissão é produzir orientações específicas para temas priorizados pelos serviços, com criação de materiais, documentos e estratégias sobre práticas de atenção e de gestão capazes de aprimorar os processos de trabalho nas maternidades do estado.
O propósito dessas produções é contribuir com a implementação de práticas de cuidado na atenção obstétrica e neonatal baseadas em evidências científicas, nos direitos e nos princípios da humanização. Outro objetivo é o de fortalecer uma rede interinstitucional solidária, de apoio e cooperação às maternidades catarinenses, sob a coordenação da SES/SC.
A comissão é composta por representantes dos serviços vinculados ao ApiceON em Santa Catarina e tem compartilhado os desafios que as maternidades enfrentam no tocante a temas como a classificação de risco obstétrico nas emergências e no pré-natal, protocolos de risco obstétrico utilizados pelos serviços, DIU no pós-parto, analgesia de parto, contato pele a pele e monitoramento de indicadores.
O grupo diagnosticou a necessidade de promover oficinas temáticas mensais sobre esses e outros assuntos, promovendo um espaço de compartilhamento, de produção de estratégias coletivas e de materiais que possam subsidiar as discussões nos demais serviços do estado. A ideia dessas capacitações é de aprofundar o debate sobre as questões críticas e a construção de soluções compartilhadas estabelecendo parceria com outras instituições, que venham a ser identificadas como parceiras em potencial.
Nesse segundo encontro o grupo discutiu a necessidade de criação de um espaço virtual – ou um repositório – no site da SES/SC, para abrigar Procedimentos Operacionais, Protocolos, Fluxos, Rotinas e outros materiais produzidos a partir do Projeto ApiceON, a fim de divulgar para outros serviços. Dentre as discussões priorizadas pela Comissão está a da categorização do risco obstétrico no pré-natal e nas portas de entrada das maternidades (gestação de baixo, médio ou alto risco). No próximo encontro, agendado para acontecer em junho de 2019, o grupo problematizará os conceitos em uso atualmente pelos municípios e serviços, buscando aporte teórico e orientações institucionais para alinhamento dos critérios que sustentam uma classificação adequada e um efetivo estabelecimento de fluxos a partir dessa categorização, tanto no pré-natal quanto nas maternidades.
A cada encontro, a comissão se propõem a construir um material que servirá de subsídio para o aprimoramento do processo de trabalho nos serviços de saúde, compondo um conjunto de documentos norteadores da assistência às mulheres e recém nascidos nas maternidades de Santa Catarina.
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