O Hospital Risoleta Tolentino Neves, em Belo Horizonte, realizou no último dia 05 de dezembro, o 1º Seminário ApiceON sobre Mulheres em Situação de Violência Sexual. Discutindo questões sobre novos caminhos a serem trilhados em assistência multiprofissional, o evento reuniu médicos, enfermeiros, residentes e servidores da maternidade do Hospital. O Grupo Estratégico Local (GEL) da instituição foi responsável pela realização.
A mesa de abertura do evento foi composta pela diretora-geral do hospital, Alzira Jorge; Mônica Costa, diretora assistencial; Maria Esther Vilela, da equipe de coordenação do Projeto ApiceON; Lílian Rocha, da Coordenação Perinatal da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte; Rosângela Lima, coordenadora de enfermagem da Linha de Cuidado Materno Infantil; Patrícia Magalhães; coordenadora médica da Linha de Cuidado Materno Infantil e Vera Figueiredo, mediadora ApiceON do serviço.
A diretora da instituição, Alzira Jorge, ressaltou a importância da realização do seminário na movimentação das equipes para provocar mudanças no cuidado e atenção às mulheres e o empenho do GEL para mobilizar a maternidade em relação às metas do Plano Operativo Anual do ApiceON. A médica comentou os indicadores da maternidade, destacando a atuação da enfermagem obstétrica na atenção ao parto e nascimento e na discussão do atendimento à mulheres vitimas de violência sexual.
A médica ginecologista e obstetra Maria Esther Vilela palestrou sobre os índices nacionais de violência sexual, destacando a vulnerabilidade das mulheres e a necessidade dos serviços se qualificarem como espaços seguros e adequados para o atendimento das vítimas desde o acolhimento como também em relação aos encaminhamentos para procedimentos junto à polícia. Maria Esther destacou o hospital como espaço capaz de oferecer o cuidado que o momento necessita, evitando a revitimização da mulher.
Elizângela Gonçalves, do Núcleo de Promoção de Saúde e Paz do Departamento de Medicina Preventiva e Social da UFMG apresentou o trabalho realizado pelo núcleo, que conta com um mestrado profissional na área da Promoção da Saúde e Prevenção da Violência atuante em comunidades carentes de Belo Horizonte por meio da realização de oficinas e rodas de conversa com moradores, no intuito de trabalhar bases para a prevenção da violência e aperfeiçoamento das práticas de saúde.
Ao final, foi realizada uma mesa para discussão da assistência multiprofissional e mulheres em situação de violência sexual. Participaram do debate a médica legista do Instituto Médico Legal (IML) de Minas Gerais, Cristiani de Faria; a coordenadora de psicologia do Risoleta Neves, Michelle Silva; a assistente social da instituição, Liliane da Silva; a médica e coordenadora do ambulatório de vítimas de violência de mindfullness do Hospital das Clínicas da UFMG, Sara Pinho e Jaqueline Braga, professora adjunta de Ginecologia e Obstetrícia da UFMG. No debate, foram abordados temas como a coleta de evidências por equipe qualificada no hospital, parceria com o IML e Polícia Civil e a atuação multiprofissional direcionada. O debate é fruto da iniciativa do Risoleta Neves, que vem trabalhando para se qualificar e fazer parcerias para elaboração de protocolos para o atendimento à mulheres em situação de violência sexual. O trabalho envolve outros hospitais da capital, como o Hospital Julia Kubitschek e a Secretaria Municipal de Saúde que acompanham o processo e somam forças para a concretização do atendimento.
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