As mulheres ainda gestantes e mulheres que recém se tornaram mães contam agora com os serviços pioneiros da Casa Mãe Bebê do Instituto Cândida Vargas (ICV), no município de João Pessoa (PB). A primeira casa de acolhida às mulheres gestantes e puérperas entre todas as capitais do Nordeste foi inaugurada em 18 de Fevereiro de 2019 e recebeu nome de “Casa Mãe Bebê Dra. Maria do Socorro Ramalho”, uma justa homenagem a médica, que por muitos anos atuou de forma dedicada à boa assistência ao parto e nascimento, e enquanto mulher, pessoa muito querida por todos dos servidores deste Instituto.
O ICV é uma maternidade de referência para o Estado da Paraíba em gestação de alto risco, onde aproximadamente 50% dos partos atendidos são de mulheres de outras cidades e regiões da Paraíba. Com uma média de 650 partos realizados por mês, cerca de 20% dos partos exigem que as mães passem mais tempo no hospital aguardando a recuperação dos bebês. Essas mães que muitas vezes chegam ao município de João Pessoa sem ter onde ficar e, depois do parto, não retornam as suas cidades porque seus filhos permanecem internados.
Dessa maneira, a Casa Mãe Bebê chegou para atender a essa necessidade e garantir o direito da mulher e da criança à saúde na sua longitudinalidade. A casa localiza-se nas imediações do Instituto, o que garante a permanência destas mulheres junto aos seus bebês, e possui capacidade de 17 leitos, distribuídos em cinco dormitórios, climatizados e com banheiros exclusivos, contando ainda com sala de convivência e outros ambientes próprios de uma casa.
A mãe Geovania Gomes Ribeiro veio de Mamanguape (PB) para ter bebê no Instituto Cândida Vargas (ICV), no início de janeiro, e não esperava passar tanto tempo com ele internado na maternidade, já são 90 dias. O bebê nasceu de 35 semanas por problemas no esôfago e ainda está em tratamento. Ela foi uma das primeiras mães a chegar à Casa Mãe Bebê Dra. Maria do Socorro Ramalho logo que o espaço foi inaugurado e, desde então, tem convivido com outras mulheres que também têm bebês internados na maternidade. Sua família faz visitas periódicas, mas os custos e a preocupação para mantê-los na Capital foram reduzidos em virtude do espaço oferecido com este novo equipamento municipal de saúde.
Para melhor atender essas mulheres que se tornaram mãe, foi criado um protocolo organizacional pela equipe multiprofissional do ICV, com objetivo de regulamentar e orientar o funcionamento da casa. Tal documento instrutivo, denominado “Contrato de convivência”, tem a finalidade de mediar o diálogo com as mães acerca dos seus direitos e deveres na Casa. Neste protocolo, também ficou estabelecido as atribuições da equipe multiprofissional para o desenvolvimento do apoio psicossocial a ser oferecido a essas mulheres e seus familiares.
O desafio é oferecer um serviço de qualidade a estas mães, prestando o cuidado que lhes é devido e oportunizando um espaço de convivência agradável, com atividades educativas e terapêuticas. Boas ideias não faltam a equipe de profissionais mais diretamente envolvidos com a casa, pois a inspiração vem dos ensinamentos e experiências advindos das boas práticas compartilhadas pelas maternidades que fazem parte de projeto ApiceON.
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