O seminário local “Abordagem multidisciplinar em situações difíceis” aconteceu em 30 de outubro na Maternidade Cachoeirinha, referência em gestações de alto risco em São Paulo/SP, com a participação da Professora Heloísa Salgado, psicóloga, pós-doutoranda da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, e da Professora Fernanda Figueiredo, obstetra, ex-residente da casa, mestre em ciências pela USP e atualmente docente da PUC de São Paulo.
Após abertura solene pela Dra. Míriam Silveira, representando a diretoria institucional, o Projeto ApiceON e o tema selecionado para o encontro foram apresentados pela Dra. Karina De Falco. Na sequência, a Professora Heloísa Salgado falou sobre o luto em obstetrícia, seus significados e formas de abordagem, com um diálogo bastante sensível entre as experiências das mulheres e a atuação dos profissionais de saúde. De maneira bastante complementar a essa primeira abordagem, a Professora Fernanda Figueiredo expôs maneiras possíveis de comunicar notícias difíceis, com vistas a tornar esse momento menos penoso para as pessoas envolvidas.
Profissionais de saúde que trabalham há mais tempo na maternidade rememoraram práticas relacionadas à humanização da assistência a mulheres com fetos malformados – casos que são relativamente frequentes, dado que a instituição é referência para gestações de alto risco. Além disso, duas mulheres contaram sobre suas perdas, e sobre como os profissionais que as atenderam à época contribuíram (ou não) para que vivessem a experiência com dignidade.
Com esse seminário, o grupo da Cachoeirinha pretendia sensibilizar todos os colaboradores para o luto perinatal, uma vez que está em elaboração no serviço o “Protocolo Borboleta”, para guiar o atendimento a mulheres e famílias enlutadas. Pode-se dizer que o objetivo foi atingido, uma vez que o público, formado por estudantes, residentes e profissionais das mais diversas áreas da maternidade, lotou o auditório até o fim da atividade, emocionando-se em diversos momentos. Conforme afirmou a Dra. Vera Denise Leme, é preciso avançar na formação em saúde, incluindo as dimensões éticas e humanas no cuidado. “Trata-se de valorizar o cuidado centrado na pessoa”, finalizou a representante do setor de qualidade da instituição, Maria Lucia Bom Ângelo.
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