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Hipertensão Arterial na Infância e Adolescência

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Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Departamento Científico de Nefrologia. Manual de Orientação. Hipertensão arterial na infância e adolescência. Nº 2. Abril, 2019.

O interesse no estudo da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) nas crianças e adolescentes é antigo, porém, ainda hoje, o diagnóstico tem sido feito de forma tardia por causa da falta de inclusão da medida da pressão arterial como rotina no exame físico da criança.

A primeira diretriz de avaliação da Hipertensão Pediátrica data de 19771. Em 19872 e em 19963 houve atualizações, no entanto, foi a partir de 2004 que surgiu maior interesse no estudo da área, após a divulgação da quarta diretriz.4 Desde então, essa foi a principal referência de interesse mundial, apesar de duas Diretrizes europeias lançadas em 20095 e 2016.6 No ano de 2017, houve a atualização da quarta diretriz, baseando–se principalmente nos trabalhos focados na HAS pediátrica publicados desde 2004.

As Diretrizes Brasileiras de Hipertensão davam pouca importância à HAS pediátrica. Somente na sétima e última diretriz8 é que houve um Capítulo dedicado exclusivamente à faixa etária pediátrica, tendo sido feita completa explanação sobre o tema, bem como no Capítulo de Hiperten-são Arterial publicado na quarta edição do Tratado de Pediatria da Sociedade Brasileira de Pediatria.

A HAS é problema de saúde pública mundial e não é diferente no nosso país. Sabe-se haver aumento da prevalência mundial também de casos pediátricos6,7 principalmente associado ao aumento de sobrepeso e obesidade nessa faixa etária. Infelizmente não há dados nacionais disponíveis que reflitam essa realidade.

Este documento visa familiarizar o Pediatra com as Diretrizes sobre Hipertensão Arterial, sensibilizando-o para a medida da pressão arterial na criança de forma rotineira, evitando, principalmente, consequências tardias que podem ser preveníveis quando esta medida é feita de modo sistemático.

As principais modificações entre as Diretrizes americanas de 2004 e de 2017 foram: Mudança na nomenclatura e na Classificação da Pressão Arterial e seu estadiamento na Infância e Adolescência; Mudança nas tabelas de pressão arterial; Investigação das causas de Hipertensão arterial; Tratamento medicamentoso inicial; Níveis alvo de pressão arterial pós tratamento e Avaliação de órgãos alvo e seguimento ambulatorial do hipertenso.

Disponível Em: <https://www.sbp.com.br/>