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Linha de Cuidados para Doença Trofoblástica Gestacional

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Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Linha de cuidados para doença trofoblástica gestacional [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde; Associação Brasileira de Doença Trofoblastica Gestacional. – Brasília : Ministério da Saúde, 2021.

A doença trofoblástica gestacional (DTG) é um termo que se refere a um grupo heterogêneo de afecções originadas da proliferação anormal e aberrante de diferentes tipos de tecido trofoblástico (sinciciotrofoblasto, citotrofoblasto viloso e trofoblasto intermediário) (HORN et al., 2014, NGAN et al., 2018, BRAGA et al., 2019b).

A DTG tradicionalmente é dividida em formas benignas, que são representadas pelas gestações molares, a saber: mola hidatiforme parcial (MHP) e mola hidatiforme completa (MHC), ambas inviáveis; e formas malignas, chamadas em conjunto, de neoplasia trofoblástica gestacional (NTG).

A maioria dos casos de NTG corresponde à evolução para malignidade de gestações molares e são diagnosticadas pela elevação ou estabilização dos valores do hormônio gonadotrofina coriônica humana, medidos semanalmente após o esvaziamento uterino, sem necessidade de exame histopatológico confirmatório. A NTG pode ainda ter origem em qualquer evento gravídico (gravidez a termo, abortamento, gravidez ectópica) e seu diagnóstico será suspeitado diante de sangramento uterino anormal ou pela presença de metástases sem sítio primário definido. Os tipos histopatológicos de NTG são mola invasora (MI), coriocarcinoma (CCA), tumortrofoblástico epitelióide (TTE) e tumor trofoblástico do sítio placentário (TTSP) (HORN et al., 2014, BRAGA et al., 2019b, NGAN et al., 2018).

Existem outras entidades benignas da DTG, raras, menos conhecidas e estudadas, a citar: o sítio placentário exagerado e o nódulo de sítio placentário (GENEST et al., 2003, HORN et al., 2014). No geral são achados incidentais após abortamento, parto ou mola hidatiforme, sem necessidade de acompanhamento. No entanto, o nódulo de sítio placentário, quando apresentar atipia celular, necessita de seguimento, pois pode evoluir para tumor trofoblástico epitelióide.

Todas as formas (benignas ou malignas) de DTG apresentam, como característica laboratorial, a presença sérica do hormônio gonadotrofina coriônica humana (hCG), um marcador bioquímico fidedigno da DTG, que é produzido principalmente pelas células do sinciciotrofoblasto (HORN et al., 2014, BRAGA et al., 2019b).

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