Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Departamentos Científicos de Pediatria Ambulatorial e de Infectologia. Manejo da Febre Aguda.
A febre representa uma das queixas mais frequentes entre todos os atendimentos pediátricos, tanto em consultas ambulatoriais como em atendimentos de emergência. São estimados que 20% a 30% das consultas pediátricas têm a febre como sintoma principal.
A ansiedade dos familiares e dos pacientes em relação à febre acarreta gastos diretos e indiretos ao seu tratamento, transformando um sintoma comum em uma verdadeira fobia (febrefobia), já que a associação entre febre e doenças infecciosas ou convulsões, está muitas vezes implícita para familiares e mesmo para os profissionais que lidam com crianças e adolescentes em ambiente domiciliar, escolar e hospitalar.
Por se tratar de um fenômeno biológico, os valores medidos da temperatura corporal não se mantêm constantes no decorrer do dia, pois esta apresenta um ritmo circadiano, variando na dependência dos fenômenos biológicos que a determinam. Os menores valores medidos ocorrem na madrugada e os maiores, no fim da tarde. Em adultos, a amplitude dessa variação é de cerca de 0,5°C; em lactentes essa variação é maior, podendo atingir até 1°C.
Assim, deve-se interpretar com cautela o valor da temperatura corporal medida, para não considerar como febril um indivíduo que apresente temperatura corporal um pouco elevada, por ter sido tomada em determinado horário e circunstância, por exemplo, num fim de tarde de um dia de verão.
Disponível Em: <https://www.sbp.com.br/>