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Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS-2006)

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Brasil. Ministério da Saúde. Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher – PNDS 2006 : dimensões do processo reprodutivo e da saúde da criança/ Ministério da Saúde, Centro Brasileiro de Análise e Planejamento. – Brasília : Ministério da Saúde, 2009. 300 p. : il. – (Série G. Estatística e Informação em Saúde)

A Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Mulher e da Criança – 2006 (PNDS-2006) descreve o perfil da população feminina em idade fértil e de menores de cinco anos no Brasil, e identifica as mudanças ocorridas na situação da saúde e da nutrição desses dois grupos nos últimos dez anos. Para a realização dessa pesquisa foram avaliadas aproximadamente 15 mil mulheres e cerca de 5 mil crianças menores de cinco anos, como amostragem representativa das cinco macrorregiões brasileiras e do contexto urbano e rural. O retrato complexo e atual desses dois segmentos da população permite comparações internacionais e nacionais, e o banco de dados que o descreve está disponível para acesso público 1 .

No manancial de informações da PNDS-2006, ficamos cientes de que 80% das grávidas realizaram ao menos seis consultas ao longo do pré-natal. A pesquisa sublinha a persistência, ainda, do modelo intervencionista de assistência ao parto, ainda que, por contraste, tenha aumentado o número de hospitais estruturados para a atenção humanizada. Provas são a alta proporção de cesarianas no total de partos realizados no país (43,8%) e a pequena presença de acompanhante no momento do parto (menos de 10% das mulheres puderam contar com ela).

Quanto ao aleitamento materno, do total de crianças pesquisadas 95% haviam iniciado a amamentação, das quais 42,9% foram amamentadas na primeira hora. A proporção em aleitamento exclusivo aos 2-3 meses aumentou de 26,4% em 1996 para 48,3% em 2006.

As mudanças da anticoncepção ocorridas no Brasil entre 1996 e 2006 também foram analisadas. Aumentou o uso de métodos anticonceptivos, como a pílula, a esterilização masculina e a camisinha, enquanto a esterilização feminina, que era o método mais utilizado em 1996, diminuiu no período mais recente.

Na avaliação do estado nutricional de mulheres em idade fértil (entre 15 e 49 anos), os indicadores antropométricos apontaram risco baixo de exposição à desnutrição, mas risco elevado de exposição à obesidade. Já na população infantil, a trajetória favorável do estado nutricional entre 1996 e 2006 acompanha a ampliação da cobertura de serviços públicos essenciais de educação, saúde e saneamento e, especialmente, o aumento do poder aquisitivo das famílias mais pobres nas macrorregiões do país.

Cabe ressaltar que, pela primeira vez, a escolha da instituição para realizar a PNDS-2006 foi estabelecida com base em uma licitação pública promovida pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde (Sctie/MS) em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). Foi vencedor do certame o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP), instituição de pesquisa acadêmica que, neste ano, completa 40 anos de reconhecida competência na análise da realidade social brasileira.

Disponível Em: <https://bvsms.saude.gov.br/>