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Saúde Mental na Infância – Identificação, Manejo e Qualificação do Cuidado

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Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Secretaria Municipal de Saúde. Coleção Guia de Referência Rápida. Saúde Mental na Infância – Identificação, manejo e qualificação do cuidado. Versão Profissional. 2018.

O desenvolvimento infantil é um processo único de cada criança, que se apresenta através de mudanças contínuas nas suas habilidades motoras, cognitivas, psicossociais e de linguagem, aumentando progressivamente a complexidade das suas atividades cotidianas e o exercício dos papéis sociais. O período pré-natal e os primeiros anos da infância são fundamentais no processo de desenvolvimento do sujeito, que é estabelecido pela interação entre suas características biopsicológicas e as experiências oferecidas pelo seu ambiente, sendo necessário ofertar cuidados em resposta às suas necessidades de desenvolvimento, possibilitando, assim, que a criança atinja o seu potencial.

Deste modo, o desenvolvimento infantil vai além de uma determinação biológica e seu acompanhamento exige uma abordagem ampliada e em equipe. A avaliação do desenvolvimento infantil não se restringe somente à avaliação das habilidades pertencentes aos sistemas motor, perceptivo, de linguagem, que estão relacionadas a funções do processo de maturação neurológica, mas também, às influências ambientais e emocionais da criança.

Hoje, observa-se cada vez mais o excesso de diagnósticos na infância: problemas de aprendizagem, autismo, hiperatividade, transtornos obsessivos, transtornos opositores desafiadores, dentre outros. Muitas vezes, as crianças chegam às unidades de Atenção Primária à Saúde (APS) diagnosticadas por leigos, já medicadas e com demandas de tratamento associadas a pedido de resolução imediata dos problemas. Nesse contexto, observa-se o elevado uso de medicações psicotrópicas em crianças ainda em desenvolvimento, o aumento de solicitações por atendimento especializado e de diagnósticos precipitados. Por isso, é imprescindível que os profissionais da APS tenham clareza de que estes diagnósticos precisam ser deixados em segundo plano, priorizando o acompanhamento criterioso do desenvolvimento infantil e da discussão com a rede de saúde mental.

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