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Suplementação de Sulfato Ferroso na Gestação e Anemia Gestacional: Uma …

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Schafaschek, H., Figueiredo da Silva, C., Figueiredo da Silva, G., de Almeida, S., Guimbala, M. A. B., & Silva, J. C. (2018). SUPLEMENTAÇÃO DE SULFATO FERROSO NA GESTAÇÃO E ANEMIA GESTACIONAL: UMA REVISÃO DA LITERATURA. Arquivos Catarinenses De Medicina, 47(1), 198–206.

Este estudo objetivou realizar uma revisão da literatura sobre a influência da suplementação de ferro na prevenção da anemia ferropriva na gestação e seus efeitos associados na saúde do binômio mãe e feto. Para tanto, foram consultadas as bases de dados PUBMED, MEDLINE, SCIELO com os descritores “anemia”, “pregnancy” e “ferrous sulfate”, e selecionados os estudos que avaliavam os benefícios, malefícios e/ou a necessidade da suplementação ferrosa durante a gestação. Dos duzentos e um (201) artigos selecionados, onze (11) se enquadravam nos critérios. Dentre esses, quatro (04) abordaram apenas aspectos positivos, quatro (04) somente a perspectiva negativa e três (03) apresentaram ambos os lados. Ademais, oito (08) artigos fizeram ressalvas que contrapõem o atual modelo de uso rotineiro no Brasil, evidenciando que a suplementação individual de ferro seja preferida à rotineira. Isso porque, embora a anemia seja apontada como geradora de abortos espontâneos, restrição de crescimento intrauterino, parto pré-termo, pré-eclâmpsia, dentre outros, a suplementação também pode gerar efeitos negativos, os quais são resultantes tanto da hemoconcentração – em função do aumento expressivo dos níveis de hemoglobina – quanto dos efeitos colaterais da suplementação, como náuseas, vômitos, dor abdominal e constipação. Ainda, não houveram diferenças nos valores de hemoglobina e de prevalência de anemia significantes nos estudos avaliados, nem desfechos clinicamente relevantes em gestantes não anêmicas que receberam profilaxia com sulfato ferroso. Desse modo, o uso individualizado de acordo com cada paciente é mais plausível, pois a forma rotineira negligencia aspectos individuais, como a melhor frequência de uso, a demanda e os efeitos colaterais.

Disponível Em: <https://revista.acm.org.br/>