Sistematizamos as principais questões abordadas durante Encontro com o Especialista Márcio Lamblet, médico ginecologista do IFF/Fiocruz, realizado em 18/08/2022.
Na abordagem sobre contracepção é necessário que o profissional de saúde forneça informações de qualidade e ajude na escolha que mais se adeque às necessidades da mulher. Existem inúmeros métodos contraceptivos disponíveis no SUS, incluindo métodos de longa e curta duração, hormonais e não hormonais e os métodos de barreira. O método anticoncepcional de longa duração (LARC) é o método mais utilizado mundialmente.
O DIU (Dispositivo Intrauterino) é um método anticoncepcional de barreira, podendo ser hormonal (com progesterona) e não hormonal (DIU de cobre), cuja haste é revestida por uma camada de cobre.
Os dois tipos de dispositivos são plásticos, medem cerca de 30mm, sendo considerados métodos contraceptivos seguros, reversíveis, eficazes e associados a poucos efeitos colaterais, com taxas de falhas extremamente baixas.
Indicações para o uso de DIU
Contraindicações para o uso de DIU
Tipos de DIU
Figura 1. Tipos de DIU
Critérios para a inserção do DIU
Para inserção de um dispositivo intrauterino é necessário que o profissional de saúde saiba que a mulher não está grávida e que ela não apresente nenhum sinal ou sintoma de gravidez. Os critérios abaixo podem ser utilizados para essa definição:
Importante: Em relação à inserção do DIU no pós-parto, o melhor momento é dentro dos primeiros 10 minutos após a expulsão da placenta. No entanto, também pode ser inserido a qualquer momento dentro de 48h após o parto, ou até 12 dias após o abortamento. Caso a inserção não tenha sido feita nas condições anteriores, o recomendado é que se espere até 4 semanas de puerpério.
Técnica para a inserção de DIU, segundo Ministério da Saúde (2018):
Figura 2. Técnica de inserção de DIU ambulatorialmente. Fonte: MS, 2018.
De acordo com o Ministério da Saúde (2018), não é obrigatória a realização de ultrassom anteriormente e após a inserção do DIU, exceto na suspeição de má formação uterina. Para acompanhamento, o Manual recomenda o controle de comprimento de fio pelo colo de útero anualmente.
O DIU normoposicionado deve estar totalmente acima do orifício interno, o eixo longitudinal não rotacionado e sem perfurar as camadas miometrial ou serosa uterinas.
O DIU deve ser retirado dentro do prazo da validade proposto pelo fabricante.
Para saber mais sobre o DIU de cobre e desmistificar seu uso, acesse a cartilha do Fundo das Nações Unidas para Populações (UNFPA):Desmistificando o uso do DIU.
Referência
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Manual Técnico para Profissionais de Saúde : DIU com Cobre TCu 380A / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília : Ministério da Saúde, 2018.
Confira abaixo a gravação do Encontro na íntegra.
Perguntas & Respostas
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Como citar
FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira. Portal de Boas Práticas em Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente. Postagens: Principais Questões sobre DIU de Cobre x DIU Hormonal: diferenças e indicações. Rio de Janeiro, 04 jan. 2024. Disponível em: <https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/atencao-mulher/principais-questoes-sobre-diu-de-cobre-x-hormonal>.