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Cuidados Psicoafetivos em Unidade Neonatal diante da Pandemia de COVID-19

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Morsch, Denise Streit, Custódio, Zaira Aparecida de Oliveira, & Lamy, Zeni Carvalho. (2020). CUIDADOS PSICOAFETIVOS EM UNIDADE NEONATAL DIANTE DA PANDEMIA DE COVID-19. Revista Paulista de Pediatria, 38, e2020119. Epub May 29, 2020.https://doi.org/10.1590/1984-0462/2020/38/2020119

Tempos difíceis. A pandemia de Covid-19 causada pelo Sars-CoV-2, apesar de, até o momento, ter acometido relativamente poucos recém-nascidos (RN),1 tem provocado intensas e desorganizadoras mudanças para o cuidado neonatal, afetando práticas facilitadoras de vínculos e de proteção neurossensorial tão duramente conquistadas ao longo dos últimos anos.2

O contexto atual, com a presença do SARS-CoV-2, traz exigências quanto ao isolamento e à diminuição de circulação de pessoas. Ou seja, exige a reformulação de condutas e práticas, o que traz a necessidade de novas estratégias para a garantia do cuidado. Documentos publicados estabeleceram a suspensão da presença dos avós, dos irmãos e de outras pessoas da rede de apoio, garantindo exclusivamente o acesso à mãe e/ou ao pai assintomáticos, após checagens diárias e seguras na entrada da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN).3,4

O desafio das equipes de neonatologia é garantir a segurança do RN, de seus pais e a própria, sem, no entanto, se afastar dos princípios básicos do cuidado humanizado, que tem norteado a atenção neonatal em nosso país.2 É fundamental que se compreendam as solicitações que esse momento provoca no mundo e se atenda a elas, buscando garantir as necessárias adaptações, visando à proteção do trinômio RN, família e equipe.

Para tanto, torna-se importante pensar em um cuidado, que diremos intensivo, focado no apoio aos RN, aos pais e à equipe de saúde. As experiências dos países que começaram a enfrentar primeiramente essa doença já apontaram essa preocupação. Wang et al. dizem que em unidades neonatais tem sido grande o estresse dos pais e da equipe e que ambos, necessariamente, devem ser assistidos por assistentes sociais e psicólogos.

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