CAISAN. Mapeamento da Insegurança Alimentar e Nutricional com foco na Desnutrição a partir da análise do Cadastro Único, do Sistema Nacional de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) e do Sistema de Informação da Atenção à Saúde Indígena (SIASI) 2016. Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional , 2019.
Os últimos dados nacionais e internacionais divulgados apontam para um cenário de redução da Insegurança Alimentar e Nutricional no Brasil. Segundo a publicação “O estado da segurança alimentar e da nutrição no mundo em 2017” da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), para o triênio de 2014 a 2016, a prevalência de subalimentação na população se manteve abaixo de 2,5% da população subalimentada, limite abaixo do qual se considera que a fome já não é um problema estrutural para o país.
O indicador de Insegurança Alimentar Grave, produzido a partir da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), levantada na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), indica que, em 2013, episódios reportados de redução de consumo de alimentos e situações de fome, nos três meses anteriores ao levantamento, foram identificados em 3,2% das famílias, contra 6,9 % em 2004.
A prevalência do déficit de altura para idade em crianças menores de 5 anos foi reduzida pela metade entre 1996 e 2006, passando de 13,5% para 6,8%, com declínio médio anual de 6,3%1. Cabe ressaltar que a redução desses percentuais de desnutrição foi maior entre as famílias e regiões mais pobres e vulneráveis do País.
Apesar dos avanços repercutidos nos indicadores nacionais e internacionais, os grandes desafios que se colocam para a agenda de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) requerem um esforço permanente de análise diagnóstica das condições de SAN de populações específicas e povos e comunidades tradicionais (PCTs), que ainda sofrem com a insegurança alimentar e nutricional (INSAN), para além dos indicadores convencionais, que não conseguem captar as diferentes especificidades e a grande diversidade distribuídas pelos territórios.
É nesse contexto que este estudo, em sua segunda edição, busca disponibilizar informações, a partir do uso de fontes de dados de registros administrativos, que permitem melhor identificar grupos específicos e assim qualificar o processo de tomada de decisão no que se refere à formulação, priorização e implementação de políticas públicas.
Disponível Em: <https://aplicacoes.mds.gov.br/>