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Marco conceitual e Operacional de Hemovigilância: Guia para Hemovigilância no Brasil

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Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Marco conceitual e Operacional de Hemovigilância: Guia para Hemovigilância no Brasil. 2016.

Conceitua-se hemovigilância como um conjunto de procedimentos de vigilância que abrange todo o ciclo do sangue, com o objetivo de obter e disponibilizar informações sobre os eventos adversos ocorridos nas suas diferentes etapas para prevenir seu aparecimento ou recorrência, melhorar a qualidade dos processos e produtos e aumentar a segurança do doador e receptor. Este documento descreve o novo marco conceitual e operacional para o Sistema Nacional de Hemovigilância no Brasil.

Até o presente, a hemovigilância no país se organizava de modo a monitorar as reações adversas que ocorriam durante ou após uma transfusão sanguínea, ou seja, limitava-se à vigilância das reações transfusionais. Em diversos outros países, a hemovigilância engloba todas as etapas do ciclo do sangue, desde o início do processo de doação de sangue até a investigação de possíveis reações após a transfusão.

O propósito deste documento é definir diretrizes para a ampliação do escopo da hemovigilância no país, com a inclusão da vigilância dos eventos adversos que podem ocorrer em todo o ciclo do sangue.

Entende-se por ciclo do sangue o processo que engloba todos os procedimentos técnicos referentes às etapas de captação, seleção e qualificação do doador; do processamento, armazenamento, transporte e distribuição dos hemocomponentes; dos procedimentos pré-transfusionais e do ato transfusional.

A ampliação da hemovigilância a todas essas etapas se justifica pela importância que a ocorrência de não conformidades ou eventos adversos pode ter na qualidade do produto e na segurança do doador ou receptor.

Este documento está organizado de forma a apresentar conceitos e procedimentos da hemovigilância formulados para cada uma dessas etapas. Baseia-se nos regulamentos vigentes para os procedimentos técnicos e sanitários da hemoterapia, que preveem instrumentos organizacionais para o planejamento, monitoramento e controle das boas práticas de hemoterapia1 e de segurança do paciente, como a instituição do comitê transfusional, do comitê de controle de infecção hospitalar e do núcleo de segurança do paciente. Espera-se que este guia se constitua em uma importante
ferramenta para a prática institucional.

As definições aqui apresentadas são, em grande parte, baseadas nos documentos da International Society of Blood Transfusion (2008, 2011), de forma a permitir a avaliação comparativa entre diferentes instituições e demais sistemas de hemovigilância.

Disponível Em: <http://portal.anvisa.gov.br/>