Portal de Boas Práticas em Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente

Biblioteca

Método Canguru: Manual da Terceira Etapa do Método Canguru na Atenção Básica

Tipo de Mídia: Documento .PDF DownloadVisualizar

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Método Canguru : manual da terceira etapa do Método Canguru na Atenção Básica / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília : Ministério da Saúde, 2018.

A saúde da criança no Brasil, nas últimas duas décadas, vem apresentando importantes avanços, com destaque para significativa redução da mortalidade de crianças menores que cinco anos, variando de 62 mortes por 1.000 nascidos vivos (NV) em 1990, para 14 em 2012. Isto representa uma diminuição de 77%, uma das maiores do mundo, segundo a UNICEF. Com isso o país cumpriu o Objetivo de Desenvolvimento do Milênio nº 4, que era o de reduzir em dois terços a mortalidade dessas crianças, tomando por base os anos de 1990 e 2015.

No que tange à mortalidade neonatal, embora também em queda, 9/1000 NV, a redução tem sido mais lenta e, é neste período, em especial no primeiro dia de vida, e mais especificamente na primeira hora de vida, que se concentram esses óbitos.

Uma das estratégias para a redução da mortalidade neonatal, utilizada pelo governo brasileiro, é o Método Canguru, que integra a Política Nacional de Atenção Integral a Saúde da Criança do Ministério da Saúde – PNAISC.

O Método Canguru, no Brasil, foi instituído como política pública em 2.000 a partir da publicação da Norma Técnica que reúne diretrizes de cuidado e atenção a recém-nascidos internados em unidades neonatais, utilizando os melhores conhecimentos acerca das especificidades biológicas, psíquicas com ênfase na proteção do desenvolvimento neuropsicomotor da criança; bem como apoiando o cuidado singular do recém-nascido promovido por seus pais e sua família. Inclui, ainda, cuidados com a equipe de profissionais no desempenho de suas ações como cuidadores.

Para que ocorra a disseminação e implementação do método, o Brasil conta com seis Centros Nacionais de Referência: Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão, Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira de Pernambuco (IMIP), Hospital Geral de Itapecerica da Serra-SP, Secretaria Municipal do Rio de Janeiro, Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina e Hospital da Mulher Prof. Dr. Aristodemo Pinotti (CAISM/UNICAMP/SP).

Os Centros Nacionais apoiam as maternidades de referência estadual das 27 unidades federativas/distrito federal do país (Centros Estaduais de Referência), que têm o objetivo de capacitar, monitorar e oferecer suporte às maternidades e equipes próximas de seu estado.

Ao longo desses 18 anos desde a instituição da política, tanto a expansão como o fortalecimento do Método Canguru vem contribuindo para a consolidação de boas práticas como: atenção e cuidado no momento do nascimento, acolhimento ao recém-nascido e sua família na unidade neonatal, respeito às individualidades, promoção do contato pele a pele o mais precoce possível, aleitamento materno e envolvimento da mãe nos cuidados com o recém-nascido.

Assim sendo, podemos dizer que a visão brasileira do Método Canguru proporcionou uma mudança de paradigma na atenção perinatal, modificando práticas hospitalares e compartilhando o cuidado com a atenção básica (AB).

As equipes da Estratégia Saúde da Família, que já haviam iniciado o contato com a gestante durante o pré-natal, são grandes aliadas na tarefa de cuidar da criança egressa da unidade neonatal na terceira etapa do Método Canguru, garantindo a continuidade da assistência com ações de apoio à adaptação familiar na volta do RN para casa, estimulo à amamentação e a posição canguru, além de avaliar ganho de peso, orientar vacinação, entre outras.

Este manual da terceira etapa do método canguru tem o objetivo de ofertar diretrizes no sentido de apoiar os profissionais de saúde, da atenção hospitalar e básica, nos cuidados à criança egressa da unidade neonatal, qualificando e promovendo a continuidade de seu acompanhamento bem como promovendo articulação em rede

Disponível Em: <http://bvsms.saude.gov.br/>