Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Nota Técnica Nº 07/2020 – GVIMS/GGTES/ANVISA. Orientações para a prevenção da transmissão de covid-19 dentro dos serviços de saúde.
A pandemia de COVID-19 é uma emergência global e já contaminou mais de 3 milhões de pessoas no mundo,com mais de 200mil óbitos desde o seu início em dezembro de 2019.
Como trata-se de uma doença nova e,até o momento,sem vacina disponível, todos são susceptíveis a esta infecção, em especial profissionais dos serviços de saúde*1que estão na linha de frente de atendimento aos pacientes.
Na realização de suas atividades, os profissionais dos serviços de saúde estão expostos a vários riscos, entre eles,o de serem infectados pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2),e do estresse associado a prestação de assistência direta aos pacientes suspeitos ou confirmados de COVID-19.
Em um estudo realizado na Espanha (Folgueira,2020), do total de 6.800 funcionários de um hospital, 2.085 (30,6%) foram testados durante o período de 01a 29 de março de 2020, alguns deles de forma repetida (2.286 amostras no total). Dos testados, 791 (38%) dos colaboradores foram confirmados com a infecção, representando 11,6% de todos os funcionários da instituição.Embora alguns casos de COVID-19 tenham alta probabilidade de transmissão para os profissionais de saúde a partir de pacientes, não foi possível estabelecer relação com atividades em áreas de alto risco de exposição, o que aponta para a importância também dos contatos na comunidade ou domiciliar(transmissão na comunidade) e entre funcionários(dentro das instituições)como fontes de contaminação para os profissionais do serviço de saúde.
Diante disso, este documento tem por objetivo destacar ações importantes para a prevenção e o controle de surtos de COVID-19 dentro dos serviços de saúde, ressaltando as medidas específicas necessárias para proteger a segurança e a saúde dos pacientes, dos visitantes/acompanhantes e dos profissionais do serviço de saúde.
Para estruturação deste documento foram elencadas as principais situações de risco e possíveis causas relacionadas à transmissão dentro dos serviços de saúde, bem como,as recomendações que podem ser adotadas para sua prevenção, controle e mitigação.
A Anvisa, em colaboração com as diversas sociedades e associações profissionais do país, atualizará essas orientações à medida que mais informações estiverem disponíveis, já que se trata de uma infecção causada por um microrganismo novo no mundo e que novos estudos estão sendo publicados periodicamente.
Além disso, é importante destacar que estas são orientações mínimas que devem ser seguidas por todos os serviços de saúde, no entanto, os profissionais e os serviços de saúde brasileiros podem determinar ações de prevenção e controle mais rigorosas que as definidas por este documento, baseando-se em uma avaliação caso a caso e de acordo com os recursos disponíveis.
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