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Orientações sobre o Manuseio do Paciente com Pneumonia e Insuficiência Respiratória Devido a …

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Associação Médica Intensiva Brasileira. AMIB. Orientações sobre o manuseio do paciente com pneumonia e insuficiência respiratória devido a infecção pelo Coronavírus (SARS-CoV-2) – Versão n.05/2020.

Dez a 15% dos pacientes com COVID-19 irão necessitar de internação nas unidades de terapia intensiva devido ao quadro de insuficiência respiratória aguda. Esse paciente geralmente apresenta aumento da frequência respiratória (>24 incursões respiratórias por minuto, hipoxemia, saturação de oxigênio (SpO2) <90% em ar ambiente, necessitando de oxigênio nasal de baixo fluxo (até 5 litros/minuto). Nos pacientes com infecção pelo coronavírus cerca de 59% apresentam alterações radiológicas que consistem em vidro fosco periférico (20,1%), infiltrados algodonosos (floconosos) focais (28,1%), infiltrados algodonosos bilaterais (36,5%) e infiltrados intersticiais (4,4%). Os pacientes deverão ser internados, de preferência, em leitos de isolamento com pressão negativa (se disponível) e os profissionais de saúde deverão utilizar vestimenta de isolamento para gotículas ou para aerossóis, de acordo com o procedimento a ser realizado pelo profissional, conforme regulamentação do Ministério da Saúde. Se esses pacientes evoluírem com necessidade de O2 via cateter nasal maior que 5 litros/minuto para manter SpO2 > 93% e/ou apresentarem frequência respiratória > 28 incursões respiratórias por minuto ou retenção de CO2 (PaCO2 >50 mmHg e/ou pH < 7,25) deverão ser prontamente intubados e ventilados mecanicamente.

Recomenda-se evitar máscara do tipo VENTURI ou tipo “tenda” para manter a oxigenação adequada destes pacientes devido à aerossolização que pode advir destes tipos de recurso.

Recomenda-se NÃO utilizar cateter nasal de alto fluxo (CNAF) ou ventilação não-invasiva com BIPAP de circuito único (vide Apêndice) com o intuito de se evitar a disseminação e contágio deste vírus de alta capacidade infectante e capacidade de permanência no ambiente de 2 até 48 horas (tendo sido descritos casos de permanência no ambientes, principalmente em temperaturas bem baixas, de até 9 dias).

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Disponível Em <https://www.amib.org.br/>