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Sofrimento da Equipe de Saúde no Contexto Hospitalar: Cuidando do Cuidador Profissional

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KOVÁCS, Maria Julia. Sofrimento da equipe de saúde no contexto hospitalar: cuidando do cuidador profissional. O mundo da saúde, São Paulo, v. 34, n. 4, p. 420-429, out./dez. 2010.

Este artigo aborda o tema da morte no século XXI, como profissionais de saúde a enfrentam, as consequências na sua saúde física e psíquica. A morte é vista como inimiga, oculta, vergonhosa, ferindo a onipotência do homem moderno. É tema interdito, provocando entraves na comunicação entre pacientes, familiares e profissionais. Com o avanço da medicina, a morte ocorre no hospital. O cotidiano dos profissionais de saúde frente à morte envolve escolhas difíceis de serem realizadas, gerando estresse adicional. Na mentalidade da morte interdita não se autoriza a expressão de emoções e dor, levando ao adoecimento e aumento dos casos de depressão, aumentando a incidência da Síndrome de Burnout entre profissionais. Os profissionais de saúde escolhem trabalhar com a morte e o morrer, trazendo sua forma pessoal de lidar com dor e perdas. Não conseguir evitar a morte ou aliviar o sofrimento traz ao profissional a vivência de sua finitude. Estabelece-se relação entre intenso estresse, colapso e luto não reconhecido. Alguns profissionais não aceitam e reconhecem seu luto. Os programas de cuidados paliativos procuram modificar esta disfunção ao estimular o trabalho de equipe nos cuidados ao paciente e à família. Uma proposta de cuidados ao cuidador é apresentada com os seguintes objetivos: a) Aquecimento e sensibilização para abordar as dificuldades principais; b) Aprofundamento do tema trazido pelo grupo; c)Planejamento dos cuidados ao cuidador pensado pela equipe de trabalho, tendo em vista suas necessidades; d) A metodologia utilizada durante as diversas fases do trabalho atividades em grupo. Uma modalidade de cuidado é o plantão psicológico, facilitando o crescimento e o desenvolvimento da pessoa, envolvendo empatia, aceitação e congruência. Oferece espaço de escuta, contando com pessoas qualificadas no momento em que se busca ajuda, acolhendo a demanda. Outras formas de cuidados são apresentadas: atividades de lazer, psicoterapia e cuidados psicológicos, cursos e workshops favorecendo a aprendizagem significativa, supervisão individual e grupal para casos difíceis, refletindo-se sobre cuidados, favorecendo o trabalho de equipe.

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