Figueiredo APSA, Esteves APVS, Melo IDF, Christoffel MM. Hipotermia terapêutica no recém-nascido. In: Associação Brasileira de Enfermagem, Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiros Obstetras; Morais SCRV, Souza KV, Duarte ED, organizadoras. PROENF Programa de Atualização em Enfermagem: Saúde Materna e Neonatal: Ciclo 12. Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2021. p. 115–43. (Sistema de Educação Continuada a Distância; v. 4).
A hipotermia terapêutica tem sido empregada nas duas últimas décadas, nas unidades de terapia intensiva neonatal (UTINs), como um tratamento neuroprotetor, que reduz as sequelas neurológicas e a mortalidade em recém-nascidos (RNs) com diagnóstico de encefalopatia hipóxico-isquêmica moderada a grave.1
A encefalopatia hipóxico-isquêmica é a consequência mais grave da asfixia perinatal, apresentando significativa incidência e representando uma causa importante de mortalidade infantil e déficits no desenvolvimento neurológico.2
A hipotermia terapêutica deve ser iniciada até 6 horas após o nascimento, período considerado uma janela de oportunidade terapêutica para prevenir a evolução neurológica desfavorável. A hipotermia deve ser mantida por 72 horas, com rigoroso monitoramento da temperatura corporal do RN. Uma assistência qualificada e humanizada aos RNs submetidos à técnica é fundamental para a segurança e o sucesso da terapia.
Neste capítulo, são abordadas as repercussões da asfixia perinatal no sistema nervoso central (SNC), as indicações, a preparação, a técnica e os efeitos adversos da hipotermia terapêutica. Além disso, destaca-se o papel da enfermagem na avaliação e no tratamento do RN em hipotermia terapêutica.
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