BIZ ZEN, et. al. Perfil epidemiológico em território brasileiro dos acidentes causados por animais peçonhentos: retrato dos últimos 14 anos, REAS, vol. 13, nº 11, p. e9210, nov. 2021.
Objetivo
Analisar prevalência e identificar perfil dos pacientes acometidos por acidentes por animais peçonhentos no território brasileiro.
Métodos
Estudo transversal descritivo através de dados epidemiológicos. Informações foram obtidas no DATASUS, nas subseções do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM).
Resultados
Foram notificados 2.456.217 acidentes com animais peçonhentos no Brasil. O sexo mais acometido foi masculino (56%), a faixa etária mais comum é 20 e 39 anos, a raça predominante foi parda (42,8%) e escolaridade do 5° ao 8° anos incompletos (11,4%). O agente agressor de destaque foi escorpião (51,2%) e na evolução, houve predomínio da cura sem sequelas (91,5%). No SIM, a região Nordeste se destacou quanto à quantidade de falecimentos (14,3%) e 2019 obteve maior soma de mortes (4,6%). O maior número de óbitos acometeu a população masculina (33,79%), acima dos 60 anos (8,7%), pessoas pardas (25,8%) e com 1 a 3 anos estudados (12,3%).
Conclusão
Há alta prevalência de acidentes e correlação com urbanização, ocupação e bioma. Acometidos são jovens do sexo masculino, com baixa escolaridade e cor parda. Mortalidade associa-se a idade, espécies e atendimento.
Disponível Em: <https://acervomais.com.br/>