São apresentadas abaixo as principais questões sobre a nutrição do recém-nascido pré-termo abordadas durante Encontro com o Especialista, realizado no dia 23/11 com a Dr.a Maria Elisabeth Moreira. O tema se coloca como um desafio mundial frente à questão da restrição do crescimento de bebês pré-termo fora do útero materno.
As metas que hoje suportam nossas condutas são as do crescimento intra-uterino, ou seja, deveríamos oferecer a estes prematuros nutrientes em qualidade e quantidade suficientes para garantir um crescimento semelhante ao que ocorre dentro do útero durante uma gravidez normal. Esta é uma meta quase impossível, especialmente porque quanto menor for a idade gestacional ao nascimento mais vulnerável será este recém-nascido do ponto de vista nutricional, pois os gastos metabólicos exigirão mais nutrientes para que ainda restem reservas que garantam seu crescimento adequado.
O arsenal nutricional atualmente disponível não é capaz de atender a estas necessidades. As recomendações nutricionais são maiores quanto menores forem as idades gestacionais, especialmente em relação às necessidades proteicas. Sob condição intra-uterina normal, a partir de 26 semanas de gestação, os fetos recebem até 6g/kg de proteína. Esta meta é inatingível quando considerada a quantidade de proteína encontrada no leite materno, mesmo que fortificado, assim como nas fórmulas disponíveis.
Estas condições determinam o grande desafio, principalmente nos primeiros dias de vida dos prematuros quando por conta da imaturidade de seus órgãos e sistemas se encontram muito doentes e é quase impossível utilizar a alimentação oral e precisamos utilizar a alimentação por via parenteral. Ainda assim, neste momento, a alimentação por via oral deve ser utilizada mesmo que sob a forma de trófica.
Em resumo:
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